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sábado, 20 de agosto de 2011

Gravidez ectópica:

Uma gravidez ectópica é uma complicação na gravidez que surge quando o ovo fecundado se implanta num tecido fora do útero. Usualmente uma gravidez ectópica surge numa das trompas de Falópio (canais que levam os óvulos dos ovários até ao útero), sendo conhecida como gravidez tubária. Algumas vezes pode surgir no abdómen, ovário ou no colo do útero (cerviz). Uma gravidez ectópica não pode sobreviver, e o tecido em crescimento pode ser responsável pela destruição de certas estruturas próximas, bem como levar a grandes perdas de sangue e colocar em risco a vida da mulher. Este tipo de complicação surge 1 em cada 100 gravidezes.
Existem diversos factores que podem contribuir para uma gravidez ectópica, contudo esta complicação pode surgir mesmo na ausência de factores de risco.

Factores que contribuem para uma gravidez ectopica:

Uma gravidez ectópica passada;

Anormalidades anatómicas nas trompas de Falópio;

Endometriose;

Antecedentes de doenças inflamatórias pélvicas como a clamídia;

Cirurgia das trompas, como a inversão de um processo de esterilização;

Concepção durante a toma da pílula ou durante o uso do DIU;

Tratamento de fertilidade, como a indução da ovulação ou a fertilização in vitro;

Ser fumadora;

Sintomas:

Uma gravidez ectópica pode parecer uma gravidez normal ao início - o teste de gravidez dá positivo e os sintomas iniciais podem ser semelhantes: falta de período, tensão mamária, náuseas e fadiga.


Entre outros, os sintomas mais comuns são:

Algum sangramento vaginal especialmente se for escuro e aguado;

dor abdominal;

Cãibras num dos lados da pélvis;

Massa palpável dolorosa nas trompas ou ovários.


Se a trompa de falopio entrar em ruptura os sintomas são:

Tonturas;

Vertigens e queda da tensão arterial;

Se sentir alguns destes sintomas deve dirigir-se ao médico com urgência. Uma gravidez ectópica pode significar risco de vida, especialmente se ocorrer numa das trompas de Falópio, pois pode causar a sua ruptura, podendo provocar uma hemorragia interna grave.

Tratamentos:

Para assegurar a saúde e por vezes a vida da mulher, o tratamento de uma gravidez ectópica implica a remoção do tecido ectópico. Se a gravidez ectópica for detectada numa fase inicial, podem ser administrados medicamentos para impedir o crescimento celular e dissolver as restantes células existentes. Depois da administração destes medicamentos existirá um acompanhamento através de análises ao sangue para verificar se as hormonas que indicam uma gravidez ainda existem no sangue ou não.
Se a gravidez ectópica não responder a tratamentos medicamentosos ou se estiver num estado mais avançado, poderá ser necessária uma laparoscopia. Será necessária uma pequena incisão no baixo-ventre, sendo depois introduzido um pequeno tubo com uma câmara na ponta para observar a área e para de seguida remover o tecido ectópico. Se os danos forem significativos poderá ser necessário remover a trompa de Falópio. Se a hemorragia for muito grande e a trompa de Falópio tiver sofrido uma ruptura, pode ser necessário fazer uma incisão abdominal. Em alguns casos a trompa pode ser reparada.

Complicações:

Quando se tem uma gravidez ectópica, os riscos também vêm com ela. O tratamento de uma gravidez ectópica pode levar à perda dos órgãos reprodutores, ou mesmo à infertilidade. Se removeu uma das trompas de Falópio a probabilidade de engravidar diminui em 50%. Se fizer tratamento os riscos são ainda maiores, pois podem surgir hemorragias internas que podem levar ao risco de vida. Usualmente depois de ter uma gravidez ectópica a probabilidade de voltar a ter outra se decidir engravidar é de 15 a 20%. Neste caso, usualmente é aconselhado fazer uma ecografia precoce por volta das 7 semanas de gestação, para determinar se a gravidez é ectópica ou não.













1 comentário:

  1. tive uma gravidez ectópica faz dois anos desde então tento engravidar mas não consigo.algum conselho?

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